Alta foi mais uma cidade dormitório na minha viagem. De todas em que eu dormi, essa foi a maior, depois de Oslo. Com 20.000 habitantes, a rua principal fica ao lado do meu hotel e tem 4 quadras. Um shopping com 80 lojas é a maior construção da rua.
Como sempre, muita limpeza e organização. Fiquei ali por uma hora, pois o dia de hoje estava reservado para me encontrar com o sol da meia-noite. Não parava de chover e a previsão não era das melhores. Será que eu me encontraria com a “chuva da meia-noite”?
De Alta, saí para a cidade de Honningsvag, que é considerada a cidade mais ao norte do planeta, no entanto, há controvérsias; uma no Alaska e outra na Finlândia brigam pelo mesmo título. De Alta à Honningsvag, são 208 km e, no caminho, cortei os fiordes Porsangerfjord e Kafjord. Algumas montanhas parecem ter sido fatiadas no decorrer dos séculos, como uma massa folhada de rochas.
Uma nova surpresa no caminho: várias renas cruzaram com meu carro. Parei ele imediatamente e desci para fotografá-las (veja as fotos no clique abaixo); foi um momento totalmente inesperado da viagem.
Depois de 03h30 viajando, cheguei em Honningsvag. O tempo continuava horrível e minha única saída no momento era almoçar. Na cidade, conheci José e Gloria, um casal espanhol, donos do Ice Bar, um bar feito com blocos de gelo, que chegam a pesar 800 kilos; lá dentro, uma temperatura de menos 5 graus. Fui convidado a conhecer o lugar e, mesmo tendo viajado muito, ainda não conhecia um lugar como esse. Mais uma experiência singular.
Voltei ao meu hotel às 18h30 para trocar a roupa e encontrar o sol. A previsão do tempo mudara totalmente, e existia a forte possibilidade de o sol estar lá. Às 19h30, sai em direção a Nordkapp, pois esse lugar fica a 30 km de onde estou hospedado. O tempo começava a melhorar, mas não queria cantar vitória antes do jogo acabar. Os fiordes deram um tempo e um enorme plateau surgiu em meu caminho.
Uma hora depois, estava em Nordkapp e fui direto jantar. Da mesa com vista para o Mar Ártico, aguardava ansiosamente a mudança do clima.
Por fim, ás 00h00, algumas nuvens ainda tomavam o lugar, mas uma faixa alaranjada cortava o horizonte e dividia o mar do céu; era a prova de que o sol estava lá. Gostaria de tê-lo visto em todo o seu formato, mas, para um dia todo de chuva, isso era um milagre.
Dois dias antes, as pessoas não conseguiam enxergar nem o globo que fica ali, na montanha e, como disse a moça da loja de souveniers: “You are a lucky man!” (“Você é um cara de sorte!”). De fato, me senti assim. Encontro encerrado, tomei a estrada de volta para o hotel e, agora, ás 01h30, começo a ver um filme destes dias por aqui.
A natureza me fez companhia por todos os lados. Sou um fanático apreciador dela – fiordes, lagos, flores, cachoeiras, sol, chuva, enfim – a criação divina me encantou e conquistou num país dos sonhos. Restam, agora, os filmes a serem editados, para que eu possa me “transportar de volta” a esse lugar.
Amanhã, já parto para outro destino. Ficará minha gratidão à Noruega e ao Criador, por me proporcionarem tantas belezas naturais.
NORUEGA, VALEU!!!
Fico agradecida por poder acompanhá-lo, virtualmente, nessa belíssima jornada . Embora não podendo estar fisicamente presente nessa terra maravilhosa, minha alma, emprestando meus olhos, se encheu de felicidade e encantamento. Esperamos segui-lo nas próximas viagens. Até lá e obrigada .
Liris,
Obrigado pela constante cia. Fico feliz por ter gostado, nos vemos com certeza na próxima. Grande abraço.
Legal, não foi o você e nós aqui gostariamos de ver, mas, aquele raio solar no horizonte foi o suficiente para quem estava acompanhando o Rogério, digo, O Louco Por Viagens. Parabéns e avise da próxima loucura.