Túmulo de Jesus: Qual é o verdadeiro? 4 dicas para conhecer

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Independentemente de crença, é indiscutível a popularidade mundial da história de Jesus.
Por meio de Jesus nasce o Cristianismo, que é hoje, a maior religião no mundo. Em 2017, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez uma pesquisa que mostra que o número de cristãos no mundo é de 2,18 bilhões de pessoas. Por isso mesmo é que falar do túmulo de Jesus e do Santo Sepulcro despertam o interesse de tantas pessoas.

A Bíblia é a nossa maior fonte de informações sobre a história de Jesus e sua ressurreição é a razão da fé cristã. Onde podemos confirmar isso? Por meio das palavras do apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, em que diz: “E se Cristo não ressuscitou, logo em vão é a nossa pregação e também é vã a nossa fé”. Como cristãos, temos essa certeza e, para mim, isso é o mais importante.

Mas, depois de viajar muito anos para Israel, decidi me aprofundar um pouco mais sobre a história do seu túmulo. A questão vem para satisfazer um desejo de aprender mais sobre o assunto, pois, como você vai ver a seguir, o túmulo está vazio!

Então, convido você para me acompanhar nesta jornada para conhecer mais detalhes sobre Santo Sepulcro.

Eu já estive aqui tantas vezes, que cada vez é uma nova descoberta. Que tal embarcar comigo em uma viagem espiritual por estes lugares? Então, aproveite os pacotes de viagem para Israel!

Confira esta playlist especial de Israel e descubra outros pontos turísticos imperdíveis deste país fascinante!
 

Jesus foi mesmo sepultado?

cruz jesus cristo

Uma dúvida que surge para muitas pessoas é se realmente Jesus foi sepultado, afinal, os crucificados não eram sepultados, mas sim, jogados em valas ou até mesmo deixados na cruz para serem devorados por animais.

Os evangelhos nos contam que Jesus foi crucificado, castigo dado pelos Romanos para crimes contra o Império. Por esta razão surge mais uma pergunta: Ele não seria deixado para os animais? Tenho duas respostas para esta pergunta.

A primeira tem relação com o relato do Evangelho de João, capítulo 19, versículo 38, onde diz que José de Arimatéia conseguiu a liberação do seu corpo, graças a amizade que tinha com Pilatos.

E a outra é um presente que a arqueologia nos deu em 1968, ao encontrar o ossuário (local em que se guardavam os ossos de animais ou pessoas) de Johanan Ben Hagkol, um criminoso que foi condenado à crucificação no século I, mas que teve o direito de ser sepultado no túmulo de sua família. A prova de sua crucificação? Um prego que resistiu ao tempo fixado aos ossos de seus pés. Isto se tornou uma prova de que havia jurisprudência para o cenário de sepultamento após a crucificação. Portanto, Jesus pode ter sido sim sepultado, mesmo após a crucificação.

 

Qual é o verdadeiro túmulo de Jesus Cristo, afinal?

tumulo de pedra

Há duas fontes que servem como base para sabermos sobre o túmulo de Jesus Cristo: os evangelhos da Bíblia e as vertentes históricas e arqueológicas. A seguir, eu mostro o que elas dizem sobre o Jardim do Túmulo e o Santo Sepulcro. Além disso, fiz uma visita a esses locais e levei uma especialista no assunto, a Silvia Lima, para levantar algumas questões:

Tumba de Talpiot

Outro dia ouvi de um amigo meu que mora em Israel e é guia no Jardim do Túmulo dizer que, há cerca de 200 anos, existiam 8 possibilidades de túmulos de Jesus. Me assustei ao ouvir isso, afinal, até hoje só conhecia 3 possíveis locais.

Uma delas eu nem considero em meus vídeos, que é a Tumba de Talpiot, uma descoberta de 1980 onde estão dez ossuários, sendo que um deles tem uma inscrição: “Yeshua bar Yehosef” (Jesus filho de José), porém esta inscrição está parcialmente ilegível. Após muitos estudos, arqueólogos, teólogos e estudiosos rejeitaram o local.

Jardim do Túmulo

jardim do tumulo de jesus

A segunda foi uma descoberta do ano de 1883, por um general inglês chamado Gordon, em um local próximo a uma montanha com o formato de uma caveira. Ao lado da montanha foi encontrado um jardim e um túmulo. E qual a importância desta descoberta? É que os relatos bíblicos nos dizem que Jesus foi crucificado em um local chamado Gólgota (em hebraico) ou Calvaria (em latim) onde havia um jardim e um túmulo novo. O lugar e a descrição se encaixam perfeitamente, porém a montanha em si, não deveria ter o formato de caveira há 2.000 anos, uma vez que a caveira nem está mais lá.

Ela foi destruída com o tempo e posso afirmar isso, pois estive lá pela primeira vez há mais de 30 anos (retornando algumas outras vezes) e era fácil de enxergar a caveira na montanha. Hoje em dia a paisagem já tem outro formato.

Outro ponto é que a bíblia nos fala de um túmulo novo e o encontrado ali foi datado do século 9 antes de Cristo, servindo como túmulo para muitas famílias no decorrer da História.

Apesar de uma inscrição bizantina ter sido encontrada no túmulo, isso não pode provar o local como verdadeiro, afinal, poderia ter sido o túmulo de algum cristão influente da época.

No entanto, preciso mencionar que o lugar é muito agradável, com uma atmosfera de paz singular, o que leva muitas pessoas a crerem que ali é o local oficial, principalmente para os cristão protestantes. Eu sempre levo os meus grupos alí, pois acho o lugar muito gostoso.

O espaço foi adquirido em 1894 por uma associação inglesa que, desde então, cuida do lugar. Afirmo que vale a visita, independente de ser o túmulo verdadeiro ou não.

Santo Sepulcro

santo sepulcro

Com certeza este local está muito diferente do que era na época de Jesus, pois o que vemos hoje ali são construções que se iniciaram no final do século IX e que atualmente formam uma grande estrutura chamada de o Santo Sepulcro, cuidada por seis denominações cristãs: católicos romanos, gregos ortodoxos, armênios, sírios, coptas e etíopes.

O lugar mudou tanto nesses anos e é importante reforçar que, na época de Jesus, o local estava fora dos muros da cidade, uma prática judaica de sepultar seus entes queridos fora desses limites. Hoje, o Santo Sepulcro encontra-se dentro de muros construídos por Solimão, o Magnífico, no século XIV.

A história deste lugar tem início quando o imperador Adriano chega a Jerusalém no ano de 135 e constrói um templo a Júpiter no local da crucificação e um santuário para Afrodite no local do sepultamento. Não foram encontradas quaisquer evidências arqueológicas destes templos, mas o que temos são registros feitos por Eusébio de Cesaréia e Jerônimo, ambos no século IV. Eles descrevem que o Bispo Macário de Jerusalém, por volta do ano 325, iniciou a destruição destes templos pagãos a pedido do Imperador Constantino.

A igreja foi construída entre os anos 326 e 335 e, posteriormente, destruída em 1009, pelo Califa Hakim. No entanto, por volta do período de 1042 até 1048, foi reconstruída e durante séculos foi sendo reformada até ter seu formato atual. A partir daí, muitas histórias são contadas, por exemplo, como a cruz de Jesus foi encontrada ou como decidiram que aquele seria o túmulo correto, como sempre digo, é uma questão de fé e este não é o foco aqui.

Dentro da igreja encontramos outros túmulos do primeiro século (da época de Jesus) e junto com a tradição oral de muitos anos, mais o templo de Afrodite, levam muitas pessoas a crer que realmente este é o local.

Se você quiser andar comigo por toda esta história, confira neste vídeo a seguir, que fiz recentemente ali.

As últimas horas de Jesus:

 

É possível visitar o túmulo de Jesus? 4 dicas para conhecer o Santo Sepulcro

santo sepulcro

Sim! Então confira estas 4 dicas que irão ajudar você a aproveitar melhor este passeio espiritual e histórico:

  1. Quando ir?

    Em virtude do clima em Israel, recomendo que você visite o país na primavera ou outono, ou seja, entre março e junho, ou setembro a novembro.

    Além disso, você pode ter uma ideia das movimentações religiosas no local durante o período da Páscoa, mas tenha a certeza de que o local estará lotado. Acredite em mim: é um misto de história, espiritualidade e diversidade que caminham juntas por aqui.

  2. Qual horário de visitação?

    A igreja fica aberta o ano todo e funciona das 6h às 18h, porém às 06h existe uma missa aberta a todos. Depois da celebração, até às 9h, o local fica reservado para que grupos organizem as suas missas. Nesse período, a igreja está aberta, mas o túmulo fica fechado. (Atenção: funcionava assim até a pandemia, então, vamos acompanhar para saber como será após o término de tudo isso.) Dependendo do dia, as filas podem demorar até duas horas, então, prepare-se para esperar! Após visitar o túmulo de Jesus, atrás dele, passe por uma porta te leva a outros túmulos e, aí sim, você consegue ter uma boa idéia de como eles eram na época de Jesus.

  3. Quanto custa?

    A entrada para o lugar é gratuita.

  4. O que vestir?

    Vista-se confortavelmente para aproveitar a caminhada por este local sagrado para os cristãos, mas esteja com bermuda abaixo dos joelhos e sempre com os ombros cobertos, tanto mulheres quanto homens. Fica também aquela dica válida para todo Louco Por Viagens: respeite os costumes locais, mesmo que lhe pareçam absurdos. A diversidade de crenças é uma realidade em Israel e o respeito mútuo é o que mantém a paz em uma região como Jerusalém.

 

5 curiosidades sobre a morte de Jesus

Este assunto me interessa muito e já fui muitas vezes para Jerusalém, então, reuni aqui as 5 curiosidades a respeito da morte de Jesus Cristo.

  1. Onde Jesus foi crucificado?

    Segundo os relatos dos evangelhos, Jesus foi levado para um local chamado Gólgota. Porém, não há registro históricos deste local, mas evidências arqueológicos levam a acreditar que Jesus foi crucificado no local em que hoje está a Basílica do Santo Sepulcro.

    Se você quer saber os motivos que levaram Jesus a ser crucificado e outros detalhes sobre esta passagem religiosa, eu falo mais disso aqui:
    Como Jesus morreu: Saiba como e onde Cristo foi crucificado

  2. O que aconteceu com a cruz que Jesus foi crucificado?

    Objetos religiosos comumente são rodeados de histórias fantásticas. A da cruz de Jesus envolve Helena, mãe do imperador Constantino, que teve uma visão em um sonho, de onde seria o monte Gólgota, local em que Jesus teria sido crucificado. Diz a tradição que quando ela encontrou 3 cruzes, o Bispo Macário de Jerusalém mandou recolher as três cruzes e apresentou-as a uma senhora moribunda. E em seguida fez uma oração:

    “Ó Senhor, que pela Paixão de Teu único Filho na Cruz, Se dignou a restaurar a salvação da humanidade, e que até agora inspirou sua serva Helena a procurar o madeiro abençoado no qual o autor de nossa salvação foi pregado, mostre-nos claramente, entre as três cruzes, qual foi levantada para a Tua glória. Distinga-a daquelas que serviram apenas para uma execução comum. Que esta mulher que está para morrer volte da porta da morte assim que for tocada pela madeira da salvação.”

    Para duas delas, a mulher não sofreu qualquer alteração em seu estado, mas ao tocar a terceira, ela foi imediatamente curada. Com isso, Helena concluiu que se tratava da cruz de Jesus Cristo.

    Em Jerusalém, ela teria mandado dividir a cruz, deixando uma parte no Santo Sepulcro e a outra parte teria sido enviada para Roma. Dizem as histórias que estes pedaços foram repartidos em outros vários e distribuídos por igrejas dos demais continentes. No entanto, estudos arqueológicos não encontraram provas de que isto seja, de fato, verdade.

    Existe uma frase que é atribuída ao teólogo holandês Erasmo de Rotterdam que, se juntassem todos os pedaços da cruz de Cristo enviados para a Europa, daria para construir uma Arca de Noé.

  3. Quanto pesava a pedra do túmulo de Jesus?

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    Estudos religiosos e históricos supõem que a pedra utilizada para bloquear o túmulo de Jesus pesava entre uma e duas toneladas, isto é, um objeto nada fácil de ser removido, mesmo se feito por um grupo pequeno de pessoas.

  4. De quem era o túmulo que Jesus foi sepultado?

    Há quatro evangelhos na Bíblia que mencionam José de Arimatéia como responsável pelo túmulo em que Jesus foi sepultado. No evangelho de Marcos, José fazia parte do conselho que havia condenado Jesus e estava apenas cumprindo o que determinava a lei. Por outro lado, no evangelho de Mateus, José não era membro do Sinédrio, mas um discípulo muito rico.

    O evangelho de Lucas fala de José como membro do conselho de Sinédrio, mas que não concordou com o veredito dado a Jesus Cristo. Por fim, o evangelho de João menciona que José era um discípulo que tentou lhe dar um sepultamento digno.

  5. Quantos soldados vigiavam o túmulo de Jesus em Jerusalém?

    De acordo com o legista estudioso Albert L Roper, uma escolta de 10 a 30 soldados romanos selaram o túmulo de José de Arimatéia com os Selos Imperiais De Roma, de acordo com as ordens dos judeus.

    As diversas passagens e as discussões entre teólogos e outros estudiosos levam a crer que o número exato de soldados não é sabido, mas a intenção era garantir que ninguém tentasse tirar a pedra e remover o corpo de Jesus do túmulo.

 

Conclusão

tumulo de jesus

Você pode não se considerar um religioso, mas é inegável a energia que circula por estes locais de Israel. A importância histórica e a riqueza de detalhes é, de fato, impressionante e vale a viagem. Agora, se você é cristão e não tem dúvidas de que Jesus Cristo existiu, então este passeio vai te fazer ler a Bíblia de uma forma muito diferente, e como eu gosto de dizer, em 4D. Serão momentos de muita reflexão e emoção. Outro destino imperdível para quem também é Louco Por Viagens!

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Comentários (1)

Adoro suas reportagens mas um pequeno detalhe mostre mais os lugares você está mostrando mais a sua imagem pra quem não pode viajar as vezes quer ver com mais detalhes os lugares desculpe essa pequena branquinha felicidades ( ainda espero poder viajar com de vocêis)

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