
QUANDO A FÉ GERA PAZ.
O caminho poderia ser de conflitos, mas não foi o que vi.
Sexta feira à tarde é o final do dia santo para os mulçumanos e o início para os judeus. O Shabat estava chegando, e eu aguardava viver esta experiência no Muro das Lamentações.
Saí do meu hotel por volta das 16h30, pois queria ir caminhando até lá. Em janeiro, o dia é mais curto, por volta das 17h20 já está tudo escuro e o Shabat oficialmente iniciado.
O caminho era quase uma reta. Passei pelo Jardim do Túmulo, um dos supostos lugares do sepultamento de Jesus, depois, caminhei em direção à Porta de Damasco, que me levaria até o Muro.
Esta região está no bairro árabe de Jerusalém, e neste horário, a maioria das pessoas já está de volta das mesquitas, ficando por ali com suas famílias, fazendo as compras da semana ou se divertindo na folga dos seus afazeres semanais.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi um número enorme de judeus andando pelas ruas em pleno bairro árabe, no meio de todo aquele comércio. Soube então que logo ao lado fica o bairro mais ortodoxo de judeus em Jerusalém (Mea shearin) e o caminho mais curto para chegar ao Muro das Lamentações é pela Porta de Damasco.
Na porta de Damasco me deparei com um mercado a céu aberto. Os degraus que levam a ela estão cheios de tênis, meias, brinquedos e doces. Uma espécie de 25 de Março, para quem mora em São Paulo.
Judeus a caminho do Muro dividem o espaço com os vendedores e compradores árabes – um contraste realmente interessante de se ver!
A passagem pela porta oficializa a entrada da cidade murada de Jerusalém, ainda no bairro árabe. Caminhei por mais 5 minutos até um posto de segurança, onde passei por um raio x, para assim entrar no bairro judeu.
O barulho ali já era outro. Ainda não conseguia distinguir ao certo, mas era algo familiar ao entrar num estádio de futebol.
Passei tranquilo e, ao sair do túnel que me levaria ao Muro, me deparei com uma cena emocionante:
Estava lotado e o barulho de estádio já tomava uma nova forma: música e festa!
Eram milhares de judeus ortodoxos, vestidos da maneira mais tradicional, dançando, cantando salmos e contando histórias da torá em frente ao Muro.
O Muro está dividido em duas partes, separando homens e mulheres: 75% para os homens e 25% para as mulheres.
Não tive dúvida: peguei um quipá e fui buscando espaço até estar em frente ao Muro no meio do povo.
Foi emocionante sentir a fé sendo expressada com tanta alegria!
De um lado, mulçumanos dividiam seu final de descanso entre compras e família, do outro, judeus começavam seu descanso se voltando à oração.
Todos em paz. Na mesma cidade. Debaixo do mesmo céu…
Boa tarde, gostaria de cotação pra casal, pra Jerusalem, e Petra, por 12 dias,, com início em abril, com passagem, hotel é guia, de preferência português ou espanhol, saindo de São Paulo . Obrigada