10 coisas para se fazer em Barcelona

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Barcelona é a cidade mais cosmopolita da Espanha, e um dos mais movimentados portos do Mediterrâneo. Seus restaurantes, bares e clubes estão sempre cheios, assim como o seu litoral durante verão. A arte está por toda a parte, fazendo com que a cidade seja um dos principais polos culturais do mundo. Veja 10 dicas de lugares imperdíveis quando se visita Barcelona.

Casa Batlló

Em um dos mais extremos feitos arquitetônicos já vistos, Gaudí e seu colaborador de longa data, Josep Maria Jujol, pegaram um ordinário prédio de apartamentos e o transformou por fora e por dentro para o magnata da indústria têxtil Josep Batlló, entre 1902 e 1906. O resultado foi uma das mais impressionantes e admiradas criações de Gaudí. As opiniões se dividem sobre o que representa sua notável fachada, particularmente, suas brilhantes paredes multicoloridas, suas sinistras varandas esqueléticas e seu escamoso teto curvo. Alguns dizem que representa o espírito do carnaval, outros, as enseadas de Costa Brava. Seja como for, a teoria mais popular, que leva em conta o profundo sentimento patriótico do arquiteto, é a de que a fachada retrata São Jorge e o dragão – a cruz no topo seria a lança do cavaleiro, o telhado, as costas da besta e as varandas seriam os crânios e ossos de suas infelizes vítimas.
A chance de explorar o seu interior (mediante a um preço) oferece uma melhor oportunidade de entender como Gaudí, por vezes considerado o mestre do exagero, era, na verdade, o mestre dos pequenos detalhes – que vão desde a genial ventilação nas portas e a incrível luz natural que reflete nas paredes azuis do pátio interior à forma como os puxadores de bronze das janelas são curvos de modo a se ajustar à forma da mão.

La Pedrera (Casa Milà)

Referida muitas vezes como lava derretida ou pulmão de pedra, a última obra secular projetada por Antoni Gaudí, a Casa Milá (popularmente conhecida como La Pedrera), não possui linhas retas. É uma arquitetura magnífica e ousada, e é o ponto culminante das experimentações do arquiteto em recriar formas naturais com tijolos e argamassa (sem falar na cerâmica e até garrafas de vidro).
Quando foi concluída em 1912, a construção estava tão à frente de seu tempo que a mulher que a financiou como sua casa dos sonhos, Roser Segimon, tornou-se o motivo de chacota da cidade – daí o nome ‘pedreira’. Sua fachada ondulada levou o pintor local Santiago Rusiñol a dizer, ironicamente, que uma cobra seria um animal de estimação mais adequado para os moradores do que um cão. Mas La Pedrera se tornou um dos edifícios mais queridos de Barcelona, ​​e é adorado pelos arquitetos pela sua extraordinária estrutura: ele é sustentado inteiramente por pilares, sem nenhuma parede principal, permitindo que a luz natural entre em cheio pelas janelas assimétricas da fachada.
Há três espaços expositivos. A galeria de arte do primeiro andar abriga exposições grátis de artistas ilustres, enquanto o espaço do andar superior é dedicado a uma apreciação mais detalhada de Gaudí: acompanhado por um guia de áudio (incluso no preço de entrada), você pode visitar um flat modernista no quarto andar, que tem uma suntuosa suíte projetada por Gaspar Homar, enquanto o sótão, emoldurado por arcos parabólicos dignos de uma catedral gótica, mantém um museu que oferece uma visão inspiradora da carreira de Gaudí. O melhor de tudo é a oportunidade de passear no telhado em meio aos seus tubos de ventilação cobertos de trencadís: seus topos tem a forma de capacetes de cavaleiros medievais, o que levou o poeta Pere Gimferrer a apelidá-lo de “jardim dos guerreiros”.

Park Güell

A intenção de Gaudí para o projeto do que veio a se tornar o Park Güell era seguir o exemplo das cidades-jardim inglesas tão admiradas pelo seu patrono Eusebi Güell; construir um subúrbio auto-suficiente para os ricos, mas planejar também as áreas públicas (essa influência inglesa explica a ortografia anglicizada de “Park”). O plano original previa que os terrenos seriam vendidos e as propriedades, projetadas por outros arquitetos. No entanto, a ideia nunca vingou – talvez porque fosse muito longe da cidade, talvez porque fosse muito radical – e a família Güell doou o parque para a cidade em 1922.
A exuberância da imaginação de Gaudí continua de tirar o fôlego. Antes, os visitantes eram recebidos com duas gazelas mecânicas em tamanho real, uma típica referência religiosa de Gaudí à poesia hebraica de amor, mas elas foram, infelizmente, destruídas na Guerra Civil. As duas construções da portaria que se mantêm até hoje foram baseadas em desenhos que o arquiteto fez para a ópera Hänsel e Gretel, e uma delas tem um cogumelo vermelho e branco em seu topo.
Partindo de lá, suba uma esplêndida escadaria ladeada por ameias multi-coloridas, passe pela icônica escultura do lagarto de mosaico e chegue ao que teria sido o mercado público. Ali, 100 pilares em forma de palmas sustentam um teto, que lembra a sala de hipostilos de Luxor. Acima dessa estrutura fica a esplanada, um pátio circular cercado por bancos ondulados em forma de serpente marinha, decorados com azulejos quebrados – uma técnica chamada ‘Trencadis’, que na verdade foi aperfeiçoada pelo ofuscado, mas talentoso, assistente de Gaudí, Josep Maria Jujol. O parque em si, agora um Patrimônio Mundial da UNESCO, é mágico. Seu pico é marcado por uma grande cruz e oferece um panorama surpreendente de Barcelona e do mar além.

Museu FC Barcelona

Camp Nou, onde o FC Barcelona tem jogado desde 1957, é um grande estádio de futebol que suporta 98.000 espectadores. Faz o maior barulho quando o time vai bem e um imenso silêncio quando está perdendo. Se você não pode estar lá em dia de jogo (normalmente, você consegue ingressos se você tentar), mas adora o time, vale a pena visitar o museu do clube. O excelente tour guiado do estádio leva você ao vestiário do time visitante e uma caminhada pelo famoso túnel de entrada no campo. Ande sobre a grama e desfrute de uma vista panorâmica do estádio. Você também visitará a Capela, a Sala de TV, a Sala de imprensa, a Zona da Fundação e o Camarote presidencial, onde há uma réplica da Taça dos Campeões Europeus, que a equipe ganhou em Wembley, em 1992, em Paris em 2006, e em Roma, em 2009. O museu do clube celebra seus anos de glória, dando destaque aos dias em que atletas como Kubala, Cruyff, Maradona, Koeman e Lineker pisaram a relva sagrada, com fotos, vídeos e lembranças registradas ao longo século que se passou desde que o empresário suíço Johan Gamper e o inglês Arthur Witty fundaram o clube. O último tour começa uma hora antes do horário de fechamento.

Catedral Gótica

A construção da Catedral Gótica de Barcelona começou em 1298. No entanto, graças às guerras civis e epidemias, a construção avançou em um ritmo que faz o projeto da Sagrada Família parecer rápido: a fachada e a torre central foram finalizadas só em 1913. Mesmo assim, a fachada continua causando problemas: apesar de ser uma das mais novas partes da construção, ela está desmoronando e cerca de um terço está sendo demolida e cuidadosamente reconstruída com a mesma pedra de Monteserrat que foi usada na original. Por enquanto, a construção está cheia de andaimes, plástico e placas pedindo aos visitantes para que “Apadrinhem uma pedra”.
Por dentro, a catedral é cavernosa e um tanto quanto hostil, mas as pinturas, esculturas e um coro central minuciosamente esculpido (construído em 1390) se iluminam na escuridão.  A Catedral é dedicada à padroeira da cidade, Santa Eulália, martirizada pelos Romanos em 303 a.C; seus restos mortais jazem dentro de uma cripta, em uma tumba de alabastros esculpida com cenas de seu martírio (sendo lançada dentro de um barril cheio de pregos para baixo do que hoje é a Baixada de Santa Eulália, por exemplo). Há um elevador para a cobertura; pegue-o para uma magnífica vista da Cidade Velha.
O glorioso claustro iluminado é famoso por seus 13 gansos ferozes – um para cada ano de vida de Eulália – e pelas gravuras meio apagadas no chão, especificando qual categoria pagou por cada lado da capela: tesouras para representar os alfaiates, sapatos para os sapateiros e assim por diante. O museu da catedral, localizado na Casa do Capítulo, do século XVII, inclui pinturas e esculturas dos mestres góticos Jaume Huguette, Bernat Martorelli e Bermejo Bartolomé.
Visitas especiais possuem um horário com a intenção de impedir que os turistas e os devotos incomodem uns aos outros. Das 13h às 16h30, a taxa de entrada é obrigatória, no entanto, os que tiverem bilhetes especiais têm acesso ao claustro, à igreja, ao coro e ao elevador, e pode também entrar em algumas capelas e tirar fotos (normalmente proibidas).

Las Ramblas

A avenida mais famosa de Barcelona, La Rambla, é também a mais vivaz da cidade. A parte do meio dessa avenida, com árvores enfileiradas, é dedicada aos pedestres, onde há cafés, quiosques, mímicos, floristas e turistas. Oficialmente, a avenida vai da costa do mediterrâneo, passando pela Eixample, até a Avinguda Diagonal. Apesar disso, a parte mais célebre de La Rambla é sua parte mais baixa, que começa a partir da Plaça Catalunya e vai até o porto. Vários monumentos históricos se estendem pela Rambla, que traça a forma de um antigo leito de um rio. Na verdade, o nome da avenida deriva da palavra árabe “ramla”, que se refere à areia do leito do rio em tempos de seca. Com o tempo, o leito do rio foi preenchido para se tornar o que vemos hoje. Ao longo dessa parte da Rambla, há também uma arquitetura criativa , bem como algumas famosas lojas do velho mundo, com detalhes de Art Noveau. A avenida é também muito próxima ao famoso mercado La Boquería. Só é preciso tomar um pouco de cuidado: proteja sua bolsa ou mochila e nunca deixe sua carteira no bolso de trás, uma vez que os batedores de carteiras são comuns nessa região.

La Boquería

Repleto de turistas que procuram pela magia gastronômica de Barcelona,​ ​e que geralmente terminam com um quarto de abacaxi pré-cortado (mais caro do que deveria), o maior mercado de alimentos da Europa é uma parada obrigatória. Contemple pilhas de tomates Montserrat, sacos molhados de caracóis e viscosos lingueirões nas bancas de peixe. Se você não puder ou não quiser cozinhar tudo sozinho, você pode, em vez disso, optar pelos diversos bares de tapas do mercado.
Se você for na parte da manhã, conseguirá ver os melhores produtos, incluindo frutas de pequenos agricultores e bancas de verdura na pequena pracinha do lado C/Carme do mercado, onde os preços tendem a ser mais baixos. Mas se você só gosta de olhar, lembre-se de que este é um lugar onde os moradores gostam de fazer compras. Não toque o que você não for comprar, pergunte antes de tirar fotos e tome cuidado para não ser acertado pelas velhinhas com carrinhos de feira.

L’Aquàrium

A atração principal desse aquário em Barcelona é o L’Oceanari, um tanque gigante infestado de tubarões transpassado por um túnel de vidro que você pode percorrer em uma esteira rolante. Os outros aquários abrigam cardumes de peixes caleidoscópicos, onde as crianças podem brincar de ‘caça ao Nemo’. A andar de cima é dedicado às crianças. Para as pré-escolares, o ‘Explora!’ tem 50 atividades interativas, como girar uma manivela para ver como pés de pato se movem debaixo d’água ou entrar em um mini-submarino; infelizmente, grande parte dos equipamentos está desgastada. Para as crianças mais velhas, há o Planeta Aqua – um extraordinário espaço circular com pinguins-de-Humboldt.

Palau de la Música Catalana

Encomendada pela nacionalista sociedade coral Orfeu Català, essa sala de concerto impressionante foi concebida como um hino à Renascença catalã e uma vitrine para as mais célebres obras modernistas disponíveis. A fachada Domènech i Montaner é um frenesi de cores e detalhes, que inclui um grande mosaico alegórico representando os membros da Orfeo Català, e colunas de azulejos florais com os bustos de Bach, Beethoven e Palestrina na fachada principal, e Wagner na lateral. Por dentro, uma grande quantidade de dinheiro foi gasta para melhorar a acústica, mas, na verdade, os visitantes não vão até lá para deleite dos ouvidos, mas, sim, dos olhos. A decoração irrompe por toda a parte. O teto é um sino de vitrais invertido que retrata o sol radiante em um céu azul; 18 musas aparecem por detrás do palco; cavalos alados voam sobre o balcão superior. O arco esculpido sobre o palco representa a música folclórica e a música clássica: o lado esquerdo possui o compositor e condutor catalão Anselm Clavé e jovens garotas cantando ‘Flors de Maig’, uma música tradicional catalã, enquanto à direita, pode-se ver Valquíria de Wagner e um busto de Beethoven. As visitas guiadas estão disponíveis em inglês todos os horários e começam com um pequeno filme da história do Palau. Certifique-se de fazer perguntas: os guias são muito bem informados, e a não ser que sejam solicitados, tendem a se concentrar principalmente nos triunfos das reformas.

Museu Picasso

Parte do charme do Museo Picasso, um dos mais prestigiados museus da cidade, é que ele é uma espécie de coisa de família. Esses são os trabalhos que Pablo Picasso guardou para si ou deu a sua família, incluindo o tocante ‘Paulo con gorro blanco’, um retrato de seu primeiro filho pintado no começo dos anos 20; e ‘Olga Kokhlova con mantilla’, um retrato de 1917 de sua comprovadamente louca primeira esposa. Os bens foram doados por dois membros da família – Christine e Bernard Ruiz-Picasso, a nora e o filho do artista. As obras são dispostas em ordem cronológica, de acordo com os períodos que marcaram o desenvolvimento de Picasso como um artista, das fases Rosa e Azul ao Cubismo em diante. O museu é acolhido em um antigo palácio onde, durante o trabalho de restauração, resquícios romanos e mouros foram descobertos. Hoje, eles ficam expostos junto ao acervo permanente de Picasso e às exposições temporárias. Tours guiados em inglês são dados nas quartas-feiras, às 11:30.

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Comentários (2)

ROGÉRIO.

EXCELENTES INFORMAÇÕES.
BARCELONA É UMA CIDADE QUE AINDA NÃO CONHEÇO.
QDO FOR, ESSA DICAS SERÃO MTO VALIOSAS.
ABÇOS E OBRIGADA.

Barcelona foi a mais ou uma das cidades mais interessantes e legais que já conheci em toda minha vida. Uma cidade cheia de enegia e diversão com belas praias e vida noturna perfeita. Eu fiz um programa de intercâmbio na escola de idiomas Sprachcaffe fazendo um curso de espanhol em Barcelona e aproveitei bastante a minha estadia nessa cidade. Vale a pena visitar essa cidade fabulosa e tb recomendo a escola de espanhol onde fiz o curso. Segue o link logo abaixo.

http://www.sprachcaffe.com/portuguese/study_abroad/language_schools/barcelona/main.htm

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